– Versión en castellano –
A pesar de que la carrera política de Jair Messias Bolsonaro, actual candidato a la Presidencia de la República de Brasil por el PSL (Partido Social Liberal), comenzara en 1989, su popularización se ha dado a raíz de sus impúdicas declaraciones criminales acerca de la necesidad de ‹‹asesinar a 30 mil personas›› para solucionar los problemas del Brasil, o su eterna defensa por la vuelta del régimen militar.
Por tres décadas nadie ha tomado en serio la política de Bolsonaro más allá de su vieja clientela extremista. La novedad ahora es que su falacia discursiva ha llegado al encuentro de aquellos que sufren una esquizofrenia política ilusoria y a los potenciales nazi-fascistas que de ese lado del océano ya caminaban de manera creciente.
Bolsonaro ha aparecido en un escenario político absolutamente convulsionado, cuyo principal quiebra sucedió en el año 2016 con un golpe jurídico-parlamentario en el que derrocó a la entonces presidenta Dilma Rousseff del gobierno, para convertirse en agente de la “nueva política” imperialista, rompiendo el pacto de conciliación de clases y abriendo una actuación aún más severa del capitalismo en el país.
Sus electores tradujeron el pasado dictatorial del país y la dolorosa memoria de las torturas y las muertes en sus sótanos en un sentimiento nostálgico, eclosionando fuertemente en nuevas manifestaciones políticas con consecuencias oscuras: la popularización del fascismo.
Aquellos que anteriormente pedían la vuelta del período sangriento del país promovieron el nombre de Bolsonaro, haciéndolo crecer en las encuestas sin a penas hacer campaña. Se convirtió en la personificación del proto-fascismo hace mucho tiempo enclaustrado, haciendo de él un “Führer” brasileño.
Para sus electores, lo más importante no es lo que dice, sino lo que representa. Bolsonaro representa la privatización de las empresas públicas, la pérdida de derechos sociales, la violencia patriarcal contra las mujeres, el racismo violento y la violencia contra el colectivo LGBT, los indígenas y todas las minorías sociales.
Tales violencias salieron del ideal abstracto y se materializaron en miles de víctimas de ese fascismo: Mujeres agredidas, travestis golpeadas, ataques esparcidos por el territorio brasileño y un brutal asesinato de un representante de la cultura negra, Mestre Moa del Katendê.
El resultado de las urnas del 28 de octubre no será relevante en cuento al estrago que ya está causando. La expresión popular del fascismo en las vías institucionales en la primera vuelta de esas elecciones nos ha probado que ese problema no se resolverá en esas mismas vías que lo ha ensalzado, y prolongar ese escenario no es una opción.
¡Seguimos en lucha contra el fascismo y contra la barbarie neoliberal!
– Versão em português –
Apesar da carreira política de Jair Messias Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL, ter começado em 1989 a sua popularização se deu por suas despudoradas declarações criminosas como a necessidade de “matar 30 mil” para solucionar os problemas do Brasil e a sua eterna defesa pela volta do regime militar.
Por três décadas ninguém levou a sério a política de Bolsonaro, fora sua velha clientela radical. A novidade é sua falácia ter ido de encontro aos ouvidos daqueles que sofrem uma esquizofrenia política ilusória e os potenciais nazi-fascistas que desse lado do oceano já caminhavam para uma crescente.
Bolsonaro se apresenta em cenário político absolutamente convulsionado, cujo o principal corte foi dado no ano de 2016 em golpe jurídico-parlamentar no qual derrubou a então presidente Dilma Rousseff do governo, para se tornar agente da “nova política” imperialista quebrando o pacto de conciliação de classes para abrir caminho para uma atuação ainda mais severa do capitalismo no país.
Seus eleitores traduziram o passado ditatorial do país e a dolorosa memória das torturas e mortes em seus porões em um sentimento nostálgico, trazendo em uma eclosão de novas manifestações políticas com consequências obscuras: a popularização do fascismo!
Junto ao vácuo social deixado pela centro-esquerda, a frustração econômica e a falha no reconhecimento popular nas soluções políticas elitistas apresentadas pelo decenário político conciliatório petista, a dita nova direita transferiu seu discurso para o notório radicalismo anti-político tornando-se populista e atuando no hiato periférico abandonado pela esquerda.
Aqueles que anteriormente pediam a volta do período sangrento do país promoveram o nome de Bolsonaro, o fazendo crescer nas pesquisas sem ao menos fazer campanha. Tornou-se a personificação do proto-fascismo há muito enclausurado, o fazendo ser um “Führer” brasileiro.
Para seus eleitores, o mais importante não é o que diz, mas sim o que representa! Bolsonaro representa a privatização das estatais, o desmonte de direitos sociais, a violência patriarcal contra as mulheres, o racismo violento e escancarado, violência contra os LGBTs, indígenas e todas as minorias.
Tais violências saíram do ideal e se materializaram em milhares de vítimas desse fascismo: mulheres agredidas, travestis espancadas, suásticas espalhadas pelo território brasileiro e um brutal assassinado de um representante da cultura negra Meste Moa do Katendê.
O resultado das urnas do dia 28 de outubro não será relevante quanto ao estrago que já está dado. A expressão popular do fascismo por vias democráticas no primeiro turno dessas eleições nos provou que esse complexo não será resolvido desta forma e prolongar cenário não é uma opção.
Seguimos em luta contra o fascismo e contra a barbárie neoliberal!
Por la activista Pabs Risoflora